EEG - GEOFISICA

Monitoramento geoelétrico de aterros sanitários

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Monitoramento “OHMEX” de aterros sanitarios  

A instalação de um sistema completo de monitoramento geoelétrico tem o objetivo de localizar eventuais lesões no sistema de impermeabilização realizado em PEAD de um aterro sanitario controlado ou de um reservatório mantendo o local sob constante controle, inclusive na sua fase operacional.
Para atingir esse resultado é necessário realizar uma malha regular de contatos elétricos que deve ser colocada, de forma permanente, por baixo do nível de impermeabilização em PEAD.

No caso de uma impermeabilização a manto único, os contatos serão colocados por baixo do mesmo. Na prática, logo antes da colocar a manta PEAD impermeável e em correspondência aos nós de uma malha regular, serão colocados os elétrodos no substrato. Cada elétrodo será conectado a uma central de monitoramento por meio de um cabo elétrico isolado: a central realizará automaticamente as medidas necessárias. Os cabos elétricos serão, portanto, enterrados e a rede de monitoramento ficará coberta pela manta PEAD. Depois da instalação do sistema, cada elétrodo será separadamente conectado a um painel, ao qual será conectada uma central de monitoramento que realizará automaticamente e periodicamente as leituras necessárias.
O monitoramento é baseado na medida de dois fenômenos físicos associados à presença de uma lesão na manta:

  • A passagem da corrente através da lesão, caso se estabeleça uma diferença de potencial entre o interior e o exterior do despejo;
  • A alteração da condutividade elétrica devida à presença do líquido saído da lesão (chorume).

A medida da passagem de corrente através de uma lesão é uma técnica já amplamente aplicada durante as verificações geoelétricas que se cumprem uma vez que o aterro esteja completo e pronto para receber o lixo. A medida da condutividade é uma prática geofísica muito comum, mesmo sem dispositivos eletrôdicos deste tipo. É possível realizar o sistema sem a central de monitoramento, somente predispondo oportunamente os contatos: nesse caso a análise das lesões será executada periodicamente por um nosso técnico.
O sistema será, portanto, constituído por um número de elétrodos suficientes para monitorar, com uma malha pré-definida, todo o fundo do reservatório. Os elétrodos consistirão em chapas de alumínio ou aço inoxidável de dimensões 10×10 cm, dotadas de um furo central ao qual será conectado um cabo unipolar que ligará cada um deles a um único ponto da margem do reservatório. Esse ponto deverá ser posicionado oportunamente, de modo a permitir a melhor utilização do cabo de conexão.
A posição será à margem do reservatório e à mínima distância possível, levando em conta a necessidade de ter acesso ao painel terminal também após o completo preenchimento do reservatório. A posição será decidida antes do início da instalação do sistema conjuntamente com o pessoal técnico da Contratante. Em correspondência desse ponto será necessário construir um pequeno alojamento (conforme foto) ou uma caixa do tipo daquelas utilizadas para hospedar grupos de interruptores a baixa tensão.

Discarica-M3
Todos os cabos chegarão a esse alojamento e serão conectados ao painel terminal. O cabo utilizado deve possuir duplo isolamento de PVC, para garantir o melhor isolamento possível. As operações de instalação serão executadas a partir do ponto escolhido como terminal dos cabos. Daqui, cada chapa, preventivamente conectada ao cabo, será levada ao ponto de aterramento a constituir um dos nós da malha regular. A chapa será enterrada uns poucos centímetros para proteger a manta em PEAD do contato com os ângulos da mesma ou com o parafuso usado para assegurar o cabo. O sistema de monitoramento será logo testado para verificar a sua funcionalidade geral.

Monitoramento geoelétrico de aterros sanitários